quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Atração pela qualidade de vida na Região Oceânica de Niterói



Por: Bruno Uchôa

Crescimento da região atrai moradores de cidades vizinhas e setor comercial. Com imóveis mais baratos e mais espaçosos em relação à Zona Sul, Região Oceânica é boa opção para morar

Longe do vaivém dos bairros centrais de Niterói, a Região Oceânica continua sendo uma boa opção para pessoas que buscam mais qualidade de vida, com maior espaço e menos barulho, apontam especialistas. O local atrai principalmente moradores de cidades vizinhas, como São Gonçalo e Rio de Janeiro. Se antes a área era vista como um lugar isolado, a situação agora é outra. De acordo com o diretor da Grupo Imóveis, José Fernando Nunes, a maior quantidade de moradores do bairro atraiu o setor comercial.

“A Região Oceânica hoje já tem uma independência em relação ao Centro e Icaraí. O local já conta com uma infraestrutura de serviços e comércio, melhorando a vida de quem mora”, diz Nunes.

O administrador de empresas Ricardo Matias, de 59 anos, mora em Itaipu há 12 anos. Ele é um dos “imigrantes”. Veio de Alcântara, em São Gonçalo, e observou o crescimento da Região Oceânica na última década.

“Essa região continua muito tranquila, sem barulho de buzina o tempo todo nem aquela movimentação de pessoas, típica de Icaraí. Parece uma outra cidade dentro de Niterói”, avalia Matias.

Apesar do clima de tranquilidade, o local, assim como a maior parte da cidade, tem registrado um grande crescimento. Somente no ano passado, foram lançados cinco empreendimentos. Porém, o perfil no local não mudou. Segundo o diretor da Grupo Imóveis, 95% da região ainda é composta por casas.
“Houve muitos lançamentos imobiliários na Região Oceânica nos últimos anos, mas o perfil do local ainda é de casas e deve permanecer assim. Eu acredito que a Prefeitura não deve liberar a construção de edifícios com muitos andares”, diz Nunes.

Ainda de acordo com o diretor da Grupo Imóveis, apesar da objeção de alguns moradores, o lançamento de empreendimentos revitalizou algumas áreas, como no caso da entrada de Itacoatiara. “Ali era um local muito ruim, mal cuidado. Os lançamentos tornaram aquele lugar muito melhor, com mais movimento e melhor infraestrutura”.

A advogada Tatiana Coutinho, de 39 anos, é outra que se sentiu atraída pela Região Oceânica. Ela, que também morava em São Gonçalo, comprou um imóvel em Itaipu em busca de tranquilidade e melhores opções de serviço e lazer para ela, seu marido e principalmente para a filha de 3 anos.

“Onde eu morava não havia opções de lazer para minha filha, além do shopping. Na Região Oceânica temos a praia muito perto. Eu posso ir de bicicleta. E ainda tem menos movimento e mais espaço. Além disso, as melhores escolas estão abrindo filiais na Região Oceânica”, argumenta Tatiana.
Uma das queixas muito comuns de quem mora na Região Oceânica era o trânsito para chegar ao Rio e ao Centro da cidade. No entanto, para José Fernando Nunes, esses problemas estão sendo resolvidos com novas obras e medidas pontuais da Prefeitura.

“O trânsito realmente era um ponto que gerava muitas reclamações. Mas essa questão está sendo equacionada pela Prefeitura. Houve uma reengenharia por parte da prefeitura. Demorava-se mais de uma hora para chegar à Zona Sul. Agora, o tempo está em pouco mais de 30 minutos. A duplicação da Francisco da Cruz Nunes também vai desafogar ainda mais o trânsito”, diz.

A Região Oceânica também é uma boa opção também para investimento, avalia Nunes. Segundo ele, os preços dos imóveis são menores do que os praticados em outras regiões da cidade. “O aluguel de uma casa de bom nível está por R$ 2 mil. Os preços são bem menores do que os encontrados em outros bairros como Charitas e São Francisco”, conta.

Segundo o administrador de empresas Ricardo Matias, a procura do imóveis é bastante grande. Além do imóvel no qual mora, o administrador ainda possui outras duas casas que deixa alugada.

“Parece que as pessoas descobrem. Quando o contrato com um inquilino está terminando, outras pessoas começam a me procurar interessadas em alugar a casa. Eu não fico nem uma semana com o imóvel vazio. O mercado está muito aquecido”, constata Matias.

José Fernando Nunes explica que hoje, em média, um imóvel na Região Oceânica está saindo entre R$ 300 e R$ 400 mil. Tatiana Coutinho também foi atraída pelos preços mais em conta e perspectiva de crescimento e valorização do metro quadrado em Itaipu.

“O apartamento que compramos custou R$ 300 mil. Esse mesmo apartamento em outros bairros da cidade certamente estaria com valor bem mais caro. O custo-benefício compensou bastante. E isso também foi um grande atrativo para que comprássemos na Região Oceânica”, opina a advogada.
Já o personal trainer Daniel Amorim, que mora em Camboinhas há 12 anos, diz que a perspectiva de valorização também atrai.

“Para quem tem imóvel é interessante essa supervalorização, pois consegue no mínimo duplicar o valor investido”, opina.

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