segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Espera para conseguir imóvel pode chegar a três meses. Negociação pode diminuir o valor do aluguel. Metro quadrado no bairro está custando até R$ 8 mil

Por: Bruno Uchôa 25/02/2012

Espera para conseguir imóvel pode chegar a três meses. Negociação pode diminuir o valor do aluguel. Metro quadrado no bairro está custando até R$ 8 mil

Um dos bairros mais conhecidos e tradicionais de Niterói, Icaraí, segue atraindo cada vez mais novos moradores. O charme, oferta de serviços, comércio e transporte tornam os imóveis concorridos tanto para locação quanto para compra. O resultado é a valorização das unidades.
O metro quadrado no bairro está custando até R$ 8 mil, segundo dados referentes a janeiro do Centro de Pesquisa e Análise da Informação (Cepai) do Sindicato da Habitação (Secovi Rio). Em janeiro do ano passado, o metro quadrado chegava a custar R$ 6,5 mil, uma valorização de 23% nos últimos 12 meses. Com a valorização do metro quadrado, o preço dos aluguéis também aumentou.
Atualmente, um imóvel para locação está saindo entre R$ 1,8 mil e R$ 2,5 mil por mês na Rua Coronel Moreira Cesar. Já em apartamentos de frente para a praia o preço pode chegar até R$ 4 mil.
Uma das consequências da forte valorização devido ao grande interesse por Icaraí e a oferta limitada de unidades para locação é a existência de uma fila de espera para alugar no bairro. Segundo o diretor da Grupo Imóveis, José Fernando, os interessados chegam a esperar até três meses para conseguir um apartamento para alugar. A demora e o preço alto levam algumas pessoas a desistirem.
“Tem muito proprietário querendo alugar por R$ 3,5 mil um imóvel e não aceita baixar o valor para R$ 2 mil, o que leva muitos interessados a desistirem e partir para um financiamento para compra”, conta.
De acordo com o diretor operacional da Julio Bogoricin, Helio Brito, para conseguir “furar a fila” e conseguir alugar rapidamente um imóvel em Icaraí é preciso estar disposto a “pagar o preço que o mercado está praticando no momento”.
José Fernando explica que não é apenas a grande demanda que leva uma demora conseguir alugar um imóvel. Segundo o diretor da Grupo Imóveis, devido aos elevados preços, negociações são muito comuns e às vezes demoradas.
“Há muita negociação e que pode realmente levar a uma queda no preço do aluguel. Dependendo da localização, a taxa condominial pode chegar até a R$ 800, o que é muito oneroso para o proprietário e muitos deles não têm como manter uma despesa deste tamanho por muito tempo, então, acabam aceitando reduzir o valor e alugando mais rápido”, explica Fernando.
Para o delegado do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado do Rio Janeiro (Creci-RJ), Joselyr Duque Estrada, a Rua Coronel Moreira César é a mais procurada por ter apartamentos mais antigos, com maior metragem quadrada de área construída. Segundo ele, os idosos são os que mais procuram imóveis no bairro devido à excelente infraestrutura de saúde, com hospitais e consultórios, mercados e gastronomia.
“A classe média/alta, sobretudo da ‘melhor idade’, está correndo para o bairro de Icaraí e adjacências, pelas facilidades”, opina.
Já José Fernando diz que tem recebido muitas pessoas que vão trabalhar no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, mas pretendem fixar residência em Icaraí, além dos novos estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Garagem
Um dos pontos que ganharam maior importância nos últimos anos no mercado de locação foi a disponibilidade de vagas na garagem, apontam os especialistas.
“Vagas em garagem são hoje um dos principais diferenciais que podem impactar no preço do aluguel. Um apartamento com duas vagas, por exemplo, é superconcorrido”, destaca Helio Brito.
O delegado do Creci-RJ, Joselyr Duque Estrada, acredita que as famílias estão comprando mais de um automóvel para seus deslocamentos, gerando um grande problema de trânsito para a cidade, que não se planejou suas construções para este perfil.
Recentemente, a Prefeitura proibiu o estacionamento na Rua Gavião Peixoto, o que evidenciou ainda mais o problema do estacionamento em Icaraí.
“A falta de vaga de garagem, aliada à mudança de trânsito em nossa cidade, dificultando cada vez mais o estacionamento nos meios-fios, faz com que a vaga de garagem nos edifícios seja valorizada”, constata Duque Estrada.
Segundo ele, hoje em dia, apartamento sem vaga de garagem só é alugado para casais de idosos que não se utilizam mais do carro, o que também explicaria, para ele, a transferência para o bairro de Icaraí por ter uma grande infraestrutura.
Jardim Icaraí
O grande interesse pelo bairro de Icaraí gerou inclusive a criação do sub-bairro do Jardim Icaraí. O termo idealizado pelo mercado imobiliário, identifica o charmoso quadrilátero delimitado pela Avenida Ari Parreiras, Rua Paulo César, Avenida Roberto Silveira e Rua Santa Rosa – todas, originalmente, pertencentes ao bairro Santa Rosa. A região está recebendo grandes investimentos das construtoras de olho na crescente demanda. Helio Brito destaca que o sub-bairro já nasceu com as mesmas vantagens de Icaraí.
“Jardim Icaraí está seguindo os passos de Icaraí. Já existe uma ótima infraestrutura, disponibilidade de serviço e um polo gastronômico. Com imóveis mais modernos e preços acessíveis, está despertando grande interesse e se tornando de fato uma segunda opção para quem pretende morar naquela região”, avalia o diretor operacional da Julio Bogoricin.
De acordo com Joselyr Duque Estrada, apesar dos novos lançamentos, maior disponibilidade de unidades, aliadas à facilidade de financiamento para compra, Jardim Icaraí também possui demanda por locação.
Segundo José Fernando, os novos imóveis no Jardim Icaraí estão atraindo muitos investidores que estão de olho mesmo na possibilidade de rentabilidade por conta da provável valorização do imóvel e do aluguel.
“Jardim Icaraí é tão procurado quanto Icaraí para locação. Tem muita gente que comprou imóveis novos para investir e começou a colocar para locação agora”, revela José Fernando.

O FLUMINENSE

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

NÃO VENDA SEU IMÓVEL EM ITAIPUAÇU

MARICÁ: UMA NOVA REALIDADE
NÃO É HORA DE VENDER SEU IMÓVEL EM ITAIPUAÇU.
ALUGUE-O, MANTENHA O PATRIMÔNIO E OBTENHA RENDIMENTOS, AGUARDANDO A VALORIZAÇÃO DE SEU IMÓVEL

Enfim o progresso começa a chegar a Maricá e não é mais uma utopia. Ele agora é real e vem em forma de grandes investimentos para a região.
Desde que Maricá passou a ser considerado produtor de Petróleo, a expectativa em torno de seu desenvolvimento passou a ser palpável, concreto, colocando o município no confortável status de uma das regiões que receberá mais investimentos nos próximos anos em todo o Hemisfério Sul.

O progresso está chegando a passos largos e já pode ser sentido no crescimento populacional. Maricá, contabiliza 127.461 moradores, de acordo com o IBGE em 2010. Segundo reportagem publicada na segunda semana de outubro, por um jornal carioca, este é o segundo maior crescimento populacional no estado, ficando atrás apenas de Rio das Ostras. Este crescimento vem acontecendo ao longo dos últimos anos, em parte, por conta dos índices de violência dos grandes centros urbanos. Até há pouco tempo, as pessoas vinham para Maricá em busca de ar puro, vida tranqüila e belas paisagens. A proximidade com o Rio, aonde se chega em menos de uma hora, era só um atrativo a mais e costumava sacramentar a decisão do futuro morador, caso ainda houvesse alguma dúvida.

A instalação do pólo naval em Jaconé é outro fator de desenvolvimento da região e deverá gerar cinco mil empregos diretos no município. A área onde o pólo será instalado, há espaço para a implantação de dois estaleiros de médio porte e mais oito empresas de navipeças, inserindo definitivamente Maricá na atividade naval e offshore do Brasil, trazendo para a cidade um novo ciclo de desenvolvimento no próximo período, sobretudo por conta da atividade de exploração e produção da camada do pré-sal.
Além disso, a empresa japonesa Daihatsu, de fabricação de motores, deverá trazer para o município um grande investimento e geração de novos empregos.

Projeto de pólo naval em Maricá pode criar 12 mil empregos no RJ

Com a previsão de gerar 9 mil empregos diretos e indiretos na fase de construção, elevando esse número para até 12 mil após a entrada em operação, o projeto de implantação de um pólo naval em Jaconé, distrito de Maricá (RJ), poderá começar a sair do papel até o fim deste ano. "Estamos trabalhando para ter o licenciamento ainda no segundo semestre", disse o prefeito de Maricá, Washington Quaquá. O projeto prevê investimento de R$ 5,4 bilhões e visa a preencher o déficit em logística, previsto com a exploração do petróleo na área do pré-sal, informou. "A área de Jaconé é propícia a isso".
Na terça-feira, a construção do pólo naval será discutida durante reunião entre o prefeito de Maricá e o governador do Rio, Sergio Cabral Filho. O projeto também é estratégico para o Estado em termos de escoamento da produção nacional, ressaltou Washington Quaquá. Segundo ele, o município vem perseguindo há três anos o projeto de transformar Jaconé em área industrial para servir ao pré-sal.
Além da proximidade com o COMPERJ, o outro atrativo é a profundidade. "Ele vai ser o porto mais profundo do Brasil e um dos mais profundos da América Latina. Nós vamos ter de 20 metros a 30 metros de profundidade". Isso permitirá a atracação de navios de alta capacidade, com até 400 mil toneladas, disse o prefeito. (foto aérea Rosely Pellegrino)
O prefeito explicou que a cidade de Maricá e a região de Jaconé têm vocação turística, mas admitiu que "o turismo, sozinho, não sustenta a economia local. Esse porto é fundamental para dar uma base industrial à cidade, para gerar emprego, gerar recursos, para que o município possa investir na atividade do turismo".
O governo fluminense apóia o projeto. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, ressaltou que a área tem vocação não só para escoar a produção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), localizado em Itaboraí, como para receber estaleiro para a manutenção de plataformas.
O Porto de Jaconé terá capacidade para receber 850 mil barris/dia de petróleo, o que corresponde a 40% da produção atual do país. A previsão é que a obra seja concluída em 2015, coincidindo com a inauguração do Comperj.
O projeto é desenvolvido pela DTA Engenharia, responsável pelo planejamento de mais de 30 portos no Brasil e no exterior, informou a secretaria. A empresa já está elaborando o pedido de licenciamento ambiental. Segundo o prefeito de Maricá, não existe nenhuma unidade de conservação ambiental naquela região. "Não vemos problemas e acreditamos que a licença não vai tardar a sair", reforçou o secretário Julio Bueno.
Procurada, a organização não governamental internacional de defesa do meio ambiente Greenpeace alegou que não está "acompanhando de perto o caso do pólo naval" e, por isso, não dispunha de fonte para comentar o projeto. Washington Quaquá avaliou que a principal vantagem do Porto de Jaconé é a proximidade. Ele ficará a 26 quilômetros do Comperj.
A alternativa mais próxima, o Porto de Açu, situa-se a 250 km, acrescentou. Outro atrativo é a profundidade. "Ele vai ser o porto mais profundo do Brasil e um dos mais profundos da América Latina. Nós vamos ter de 20 metros a 30 metros de profundidade". Isso permitirá a atracação de navios de alta capacidade, com até 400 mil toneladas, disse o prefeito.
Ele considerou natural que em ano eleitoral ocorram manifestações políticas contrárias ao projeto. Revelou, porém, que pesquisa feita pela prefeitura apurou que 85% da população são favoráveis à construção do porto. "Há uma ampla maioria da população de Maricá favorável ao empreendimento".
Fonte: Agência Brasil

Maricá atrai investimentos

Propostas de incentivos às construtoras, R$ 51 milhões do governo federal em infraestrutura e localização estratégica abrem oportunidades no município
Maricá, cidade litorânea do estado do Rio de Janeiro com pouco mais de 123 mil habitantes, passa por um ciclo virtuoso de investimentos. A cidade receberá cerca de R$ 51 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) destinados a melhorias de infraestrutura; está próxima ao Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), em construção na cidade vizinha de Itaboraí; e deve ser incluída no trajeto do Arco Rodoviário Metropolitano do Rio de Janeiro. Segundo as fontes consultadas, esse cenário abre oportunidades para empreendimentos imobiliários residenciais e comerciais.
Com área cinco vezes maior que Niterói e recente inclusão como município da Região Metropolitana do Estado, Maricá pode se beneficiar com a demanda por mão de obra de vários escalões gerada pelo Comperj, combinada com o acesso facilitado proporcionado pelo Arco Rodoviário.
"Maricá deve ser observada atentamente pelas construtoras", aponta Aleksander Santos, secretário do Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo da cidade. Sem adiantar detalhes, Santos diz que o município aplicará um conjunto de incentivos às construtoras que desejarem investir na região, como estudos de cessão de área por determinado período e redução em impostos municipais.
Algumas grandes do setor também já estão de olho na região. A Brookfield detém dois terrenos, comprados em 2007, nos bairros de Ponta Negra e Fazenda Bom Jardim, este último com valor geral de vendas superior a R$ 760 milhões.
"Tudo indica que Maricá irá se tornar um pólo de investimentos no estado do Rio de Janeiro", diz Vasco Rodrigues, presidente da construtora Fator Realty. Em conjunto com a São Miguel Realty, a empresa tem planejado para este ano o lançamento de um empreendimento em área de 1,3 milhão de m², com cerca de 7.000 unidades destinadas às classes média e alta.
Para Paulo Fabbriani, conselheiro da Ademi-RJ (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro) e presidente da São Miguel Realty, a cidade pode se beneficiar também com a migração de moradores de cidades próximas que passam por forte adensamento populacional, como Niterói.

Maricá recebe Módulo I do Projeto Rio Competitivo

A cidade deve atrair grandes investimentos no setor durante os próximos anos
A cidade de Maricá recebe o Módulo I do Projeto Rio Competitivo. O secretário de Turismo do município Wagner Medeiros, reuniu-se com representantes do setor da Secretaria de Turismo do Estado, do Instituto Marca Brasil, do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e a partir desse primeiro encontro, Maricá começa a receber orientação técnica para melhorar sua competitividade turística.
De acordo com Wagner, as primeiras ações a serem executadas pelos técnicos do MTur nas cidades serão a capacitação de pessoas para gestão, planejamento e comercialização do turismo, a ampliação dos conhecimentos sobre marketing e o fortalecimento da governança para impulsionar a inter-relação dos destinos com as suas regiões. "Todos nós seremos beneficiados com o Projeto tendo em vista as oportunidades internacionais que chegarão com a realização da Copa do Mundo em 2014"; comentou.
Ronald Ázaro, secretário Estadual de Turismo, explicou o funcionamento da ação: "O Rio Competitivo é fundamentado nas seguintes premissas: necessidade de o Estado atrair um número maior de turistas; destacando seus atrativos e serviços, destinos com capacidade de induzir o desenvolvimento regional e ampliar o número de destinos com padrão de competitividade e diversificação de produtos e serviços turísticos do Estado do Rio de Janeiro".
O Módulo I tem o objetivo de apresentar os elementos do projeto conceito de Competitividade e os desdobramentos técnicos do Estudo de Competitividade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) - pesquisa do Ministério do Turismo e do Sebrae. O projeto integra o Programa Nacional de Regionalização do Turismo. Além de Maricá, os municípios de Arraial do Cabo, Cabo Frio, Itatiaia, Niterói, Nova Friburgo, Resende, Teresópolis, Valença e Vassouras serão beneficiados.
Turismo em Maricá - A expectativa da Secretaria de Turismo municipal é de que a cidade receba grandes investimentos no setor; como a instalação de pelo menos três resorts na área da Restinga. O prefeito Washington Quaquá afirmou que a entrada de investimentos é muito positiva para a cidade; mas há uma grande preocupação com o meio ambiente: "Os hotéis ocuparão; no máximo; 10% da área e preservarão os outros 90%; ajudando na tarefa de impedir a ocupação desordenada".
Segundo ele; para tornar a cidade mais atraente para investidores que queiram construir hotéis no município; a legislação também vai mudar; permitindo o aumento do gabarito dos imóveis de seis para dez andares. As colônias de pescadores do bairro Zacarias também receberiam bares e restaurantes; além de pequenas indústrias de beneficiamento do pescado.

Maricá atrai construtoras e investidores por conta da proximidade com o município de Itaboraí, que vai abrigar o milionário Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)

A cidade de Maricá chama a atenção das construtoras e incorporadoras. A inserção do município no Grande Rio, a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e do Arco Rodoviário estão atraindo novos empreendimentos imobiliários para a cidade, como o Vida Nova Maricá e o Terras Alpha Maricá, que prometem ser verdadeiros bairros, com opções de lazer, entretenimento e serviços.
Um dos responsáveis pela expectativa de crescimento ainda maior na região é a construção do Comperj, na cidade vizinha de Itaboraí. A refinaria da Petrobras deve gerar cerca de 170 mil empregos diretos, indiretos e por efeito de renda.
Para o diretor comercial da Habitare Imobiliária, Andrew Dias, a proximidade com Itaboraí deve atrair uma boa parte dos trabalhadores do Comperj para Maricá. Mas nem todo mundo que está comprando imóvel está pensando em morar na cidade. Para Andrew, a perspectiva de crescimento da cidade e a conseqüente valorização dos imóveis está atraindo muitos investidores. Segundo ele, os imóveis da região têm dobrado de preço a cada ano.
“A tendência para os próximos anos é que esse crescimento se mantenha principalmente com a chegada de grandes construtoras e incorporadoras de nível nacional. Então quem compra imóvel pode estar pensando nessa valorização e não apenas em morar em Maricá. Eu estimo que metade das pessoas que estão adquirindo imóveis hoje na cidade estão comprando como investimento”, diz Andrew Dias.
Expansão – De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população da cidade cresceu cerca de 40% na última década, chegando a 127 mil habitantes. E a tendência é que o município registre crescimento populacional ainda mais acentuado.
Segundo o presidente da Fator Realty, Paulo Fabbriani, responsável pelo Vida Nova Maricá, situado no distrito de Inoã, a cidade pode chegar a 500 mil moradores já em 2016, crescimento superior a 390%.
O crescimento vertiginoso de Maricá também tem outra explicação. Cidades como Niterói já não têm mais espaço para crescer e estão afugentando pessoas em busca de mais tranqüilidade.
“O Rio de Janeiro será a capital do Brasil nos próximos anos e é preciso expandir para outros locais”, diz Fabbriani. Para atender a essa nova demanda, seja de pessoas que vão trabalhar no Comperj ou moradores em busca de um qualidade de vida, está sendo construído o Vida Nova Maricá.
O empreendimento, enquadrado no programa “Minha casa, minha vida”, teve metade das 176 unidades da primeira fase vendidas em 20 dias. O projeto prevê 20 mil apartamentos com preço médio de R$ 120 mil. Paulo Fabbriani constata que o bairro está atraindo pessoas de várias regiões do Estado do Rio.
“Temos compradores de todas as regiões do Rio, como Serrana, zonas Sul e Oeste, e, claro, de todas as regiões de influência primária, secundária, terciária e quaternária em relação a Inoã”, afirma o presidente da Fator Realty.
Outro empreendimento que está mexendo com Maricá é o Terras Alpha Maricá. Em julho, 399 lotes foram postos à venda e, segundo o grupo Alphaville, todos foram vendidos em menos de um dia. O segundo lote vai incluir um grande centro comercial, que contará com lojas comerciais e escritórios, além dos lotes para moradias.
O projeto do empreendimento inclui um clube completo, com quadra poliesportiva, duas quadras de tênis, campo de futebol society, piscinas adulto e infantil, duas churrasqueiras, fitness, salão de festas, salão de jogos, sauna, playground, três praças temáticas (uma delas possui trilha para caminhada), estacionamento para visitantes, portaria e segurança 24 horas. A área verde do local é de mais de 55 mil metros quadrados.
Segundo o diretor de negócios da Alphaville Urbanismo S.A., Marcelo Willer, o posicionamento de Maricá é o grande atrativo para novos moradores. A cidade é vizinha de Itaboraí e está a apenas 50 quilômetros do Centro do Rio.
A construção do Arco Rodoviário, que ligará a BR-101 na altura de Itaboraí até o porto de Itaguaí, deverá reduzir a circulação de caminhões por dentro das cidades e reduzir o trânsito em importantes vias como a Ponte Rio-Niterói, diminuindo o tempo de percurso para os moradores.
“As pessoas já começaram a perceber o processo de valorização que está acontecendo na região. Além disso, a cidade oferece qualidade de vida, está próxima da praia e da natureza, sem se afastar muito dos grandes centros de Niterói e do Rio”, destaca Marcelo Willer.
Infraestrutura – No entanto, para conseguir acomodar todos esses novos moradores, a cidade vai precisar melhorar o acesso à água potável e levar asfaltamento à maioria das ruas. A cidade receberá cerca de R$ 51 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverão ser empregados em obras para melhorar a infraestrura.
De acordo com Andrew Dias esse é o maior problema que Maricá deverá enfrentar para os próximos anos. “O nosso calcanhar de aquiles é a questão da infraestrutura. Falta investir em água encanada, por exemplo. Isso não é uma questão deste governo, mas uma deficiência histórica do município”, avalia Andrew.
O corretor de imóveis Francisco Chalréo, responsável pelo condomínio Jardins da Costa, concorda que Maricá ainda precisa melhorar em infraestrutura. “Maricá tem uma infraestrutura que ainda está precária. Aqui em Inõa a situação está melhorando por conta do investimento privado em condomínios residenciais e prédios comerciais”, afirma o corretor.
Francisco Chalréo e sua mulher, Regina Célia, são exemplos de pessoas que resolveram investir na região. A família dela possuía um terreno de 80 mil metros no distrito de Inoã. Em 2003, o casal resolveu lotear o terreno para construção do condomínio Jardins da Costa, composto por 116 lotes com preço médio de R$ 70 mil.
“A gente preferiu apostar e promover o crescimento na região do que vender o terreno a um preço mais baixo”, completou Francisco Chalréo.

Tendência importada dos Estados Unidos, os bairros planejados desembarcaram no Brasil em São Paulo e depois chegaram à cidade do Rio de Janeiro, sobretudo na Barra da Tijuca e agora também em Maricá.

Tendência importada dos Estados Unidos, os bairros planejados desembarcaram no Brasil em São Paulo e depois chegaram à cidade do Rio de Janeiro, sobretudo na Barra da Tijuca. Agora, este tipo de empreendimento está tomando conta de todo o Estado. São projetos e lançamentos em São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Rio das Ostras e outras cidades fluminenses. São empreendimentos que unem apartamentos residenciais, salas e lojas comerciais e áreas de lazer com segurança particular. Em comum entre as empresas que estão investindo, a perspectiva otimista em relação ao desenvolvimento econômico do Estado alavancado pela indústria do petróleo e gás. A expectativa é que a mão de obra que trabalhará no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, que tem previsão para entrar em funcionamento em 2014, se espalhe pelas cidades vizinhas.
A AlphaVille Urbanismo lançou no ano passado o Terras Alpha, em Inoã, distrito de Maricá. O gerente comercial da empresa, Carlos Paes Leme, explica que o local já está recebendo muitos trabalhadores de empresas que estão ligadas ao setor do petróleo e gás e que se instalarão na região pela proximidade do polo petroquímico.
“A gente já atendeu muitos funcionários da Petrobras, e outras empresas, interessados em adquirir um terreno, percebendo que serão transferidos e pensando na perspectiva de morar na região”, conta.
Para o diretor comercial da Patrimóvel-Niterói, Bruno Serpa Pinto, o lançamento de projetos de bairros planejados em cidades menores acaba se tornando uma ótima oportunidade para estes municípios. Segundo ele, outra vantagem é que o crescimento já ocorre de forma ordenada, evitando problemas de infraestrutura no futuro.
“Estes empreendimentos são construídos com base em estudos de tráfego, movimentação, infraestrutura completa e planejamento para o futuro, evitando que a região se desenvolva pensando apenas de forma imediatista”, opina.
De acordo com o presidente da Rubem Vasconcelos Imóveis, Rubem Vasconcelos, a construção de bairros completos é uma tendência do mercado imobiliário, oferecendo além de moradia, segurança e opções de lazer. Ele explica que no caso de São Gonçalo são os próprios moradores da cidade que estão comprando novas unidades e trocando para imóveis mais novos.
“Ninguém mais quer morar em um conjunto habitacional. As pessoas querem melhorar de vida e o mercado está oferecendo isso, estimulando os moradores a se mudarem para um apartamento moderno”, afirma Vasconcelos.

Empreendimentos prezam qualidade de vida

O Terras Alpha Maricá ocupará uma área de 398 mil metros quadrados, somando 612 lotes residenciais com área mínima de 360 metros quadrados cada. Também haverá uma área comercial dentro do condomínio, com 24 mil metros quadrados. O empreendimento está sendo vendido através de lotes, que têm parcelas de R$ 1,5 mil para 360 metros quadrados.