segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Maricá atrai investimentos

Propostas de incentivos às construtoras, R$ 51 milhões do governo federal em infraestrutura e localização estratégica abrem oportunidades no município
Maricá, cidade litorânea do estado do Rio de Janeiro com pouco mais de 123 mil habitantes, passa por um ciclo virtuoso de investimentos. A cidade receberá cerca de R$ 51 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) destinados a melhorias de infraestrutura; está próxima ao Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), em construção na cidade vizinha de Itaboraí; e deve ser incluída no trajeto do Arco Rodoviário Metropolitano do Rio de Janeiro. Segundo as fontes consultadas, esse cenário abre oportunidades para empreendimentos imobiliários residenciais e comerciais.
Com área cinco vezes maior que Niterói e recente inclusão como município da Região Metropolitana do Estado, Maricá pode se beneficiar com a demanda por mão de obra de vários escalões gerada pelo Comperj, combinada com o acesso facilitado proporcionado pelo Arco Rodoviário.
"Maricá deve ser observada atentamente pelas construtoras", aponta Aleksander Santos, secretário do Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo da cidade. Sem adiantar detalhes, Santos diz que o município aplicará um conjunto de incentivos às construtoras que desejarem investir na região, como estudos de cessão de área por determinado período e redução em impostos municipais.
Algumas grandes do setor também já estão de olho na região. A Brookfield detém dois terrenos, comprados em 2007, nos bairros de Ponta Negra e Fazenda Bom Jardim, este último com valor geral de vendas superior a R$ 760 milhões.
"Tudo indica que Maricá irá se tornar um pólo de investimentos no estado do Rio de Janeiro", diz Vasco Rodrigues, presidente da construtora Fator Realty. Em conjunto com a São Miguel Realty, a empresa tem planejado para este ano o lançamento de um empreendimento em área de 1,3 milhão de m², com cerca de 7.000 unidades destinadas às classes média e alta.
Para Paulo Fabbriani, conselheiro da Ademi-RJ (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro) e presidente da São Miguel Realty, a cidade pode se beneficiar também com a migração de moradores de cidades próximas que passam por forte adensamento populacional, como Niterói.

Nenhum comentário:

Postar um comentário