quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Atração pela qualidade de vida na Região Oceânica de Niterói



Por: Bruno Uchôa

Crescimento da região atrai moradores de cidades vizinhas e setor comercial. Com imóveis mais baratos e mais espaçosos em relação à Zona Sul, Região Oceânica é boa opção para morar

Longe do vaivém dos bairros centrais de Niterói, a Região Oceânica continua sendo uma boa opção para pessoas que buscam mais qualidade de vida, com maior espaço e menos barulho, apontam especialistas. O local atrai principalmente moradores de cidades vizinhas, como São Gonçalo e Rio de Janeiro. Se antes a área era vista como um lugar isolado, a situação agora é outra. De acordo com o diretor da Grupo Imóveis, José Fernando Nunes, a maior quantidade de moradores do bairro atraiu o setor comercial.

“A Região Oceânica hoje já tem uma independência em relação ao Centro e Icaraí. O local já conta com uma infraestrutura de serviços e comércio, melhorando a vida de quem mora”, diz Nunes.

O administrador de empresas Ricardo Matias, de 59 anos, mora em Itaipu há 12 anos. Ele é um dos “imigrantes”. Veio de Alcântara, em São Gonçalo, e observou o crescimento da Região Oceânica na última década.

“Essa região continua muito tranquila, sem barulho de buzina o tempo todo nem aquela movimentação de pessoas, típica de Icaraí. Parece uma outra cidade dentro de Niterói”, avalia Matias.

Apesar do clima de tranquilidade, o local, assim como a maior parte da cidade, tem registrado um grande crescimento. Somente no ano passado, foram lançados cinco empreendimentos. Porém, o perfil no local não mudou. Segundo o diretor da Grupo Imóveis, 95% da região ainda é composta por casas.
“Houve muitos lançamentos imobiliários na Região Oceânica nos últimos anos, mas o perfil do local ainda é de casas e deve permanecer assim. Eu acredito que a Prefeitura não deve liberar a construção de edifícios com muitos andares”, diz Nunes.

Ainda de acordo com o diretor da Grupo Imóveis, apesar da objeção de alguns moradores, o lançamento de empreendimentos revitalizou algumas áreas, como no caso da entrada de Itacoatiara. “Ali era um local muito ruim, mal cuidado. Os lançamentos tornaram aquele lugar muito melhor, com mais movimento e melhor infraestrutura”.

A advogada Tatiana Coutinho, de 39 anos, é outra que se sentiu atraída pela Região Oceânica. Ela, que também morava em São Gonçalo, comprou um imóvel em Itaipu em busca de tranquilidade e melhores opções de serviço e lazer para ela, seu marido e principalmente para a filha de 3 anos.

“Onde eu morava não havia opções de lazer para minha filha, além do shopping. Na Região Oceânica temos a praia muito perto. Eu posso ir de bicicleta. E ainda tem menos movimento e mais espaço. Além disso, as melhores escolas estão abrindo filiais na Região Oceânica”, argumenta Tatiana.
Uma das queixas muito comuns de quem mora na Região Oceânica era o trânsito para chegar ao Rio e ao Centro da cidade. No entanto, para José Fernando Nunes, esses problemas estão sendo resolvidos com novas obras e medidas pontuais da Prefeitura.

“O trânsito realmente era um ponto que gerava muitas reclamações. Mas essa questão está sendo equacionada pela Prefeitura. Houve uma reengenharia por parte da prefeitura. Demorava-se mais de uma hora para chegar à Zona Sul. Agora, o tempo está em pouco mais de 30 minutos. A duplicação da Francisco da Cruz Nunes também vai desafogar ainda mais o trânsito”, diz.

A Região Oceânica também é uma boa opção também para investimento, avalia Nunes. Segundo ele, os preços dos imóveis são menores do que os praticados em outras regiões da cidade. “O aluguel de uma casa de bom nível está por R$ 2 mil. Os preços são bem menores do que os encontrados em outros bairros como Charitas e São Francisco”, conta.

Segundo o administrador de empresas Ricardo Matias, a procura do imóveis é bastante grande. Além do imóvel no qual mora, o administrador ainda possui outras duas casas que deixa alugada.

“Parece que as pessoas descobrem. Quando o contrato com um inquilino está terminando, outras pessoas começam a me procurar interessadas em alugar a casa. Eu não fico nem uma semana com o imóvel vazio. O mercado está muito aquecido”, constata Matias.

José Fernando Nunes explica que hoje, em média, um imóvel na Região Oceânica está saindo entre R$ 300 e R$ 400 mil. Tatiana Coutinho também foi atraída pelos preços mais em conta e perspectiva de crescimento e valorização do metro quadrado em Itaipu.

“O apartamento que compramos custou R$ 300 mil. Esse mesmo apartamento em outros bairros da cidade certamente estaria com valor bem mais caro. O custo-benefício compensou bastante. E isso também foi um grande atrativo para que comprássemos na Região Oceânica”, opina a advogada.
Já o personal trainer Daniel Amorim, que mora em Camboinhas há 12 anos, diz que a perspectiva de valorização também atrai.

“Para quem tem imóvel é interessante essa supervalorização, pois consegue no mínimo duplicar o valor investido”, opina.

Especialistas dizem que bolha imobiliária não está sendo inflada



Apesar dos alertas do Fundo Monetário Internacional e do Banco de Compensações Internacionais, brasileiros garantem que valorização imobiliária no País é sustentável.

Tema de grandes debates nos últimos quatro anos, a tese da possível bolha imobiliária brasileira voltou a ganhar a atenção após os alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco de Compensações Internacionais (BIS, em inglês). O BIS destaca que a valorização dos imóveis nos últimos quatro anos chegou 113,4% no Rio de Janeiro e a 86,3% em São Paulo. Defensores da tese da bolha argumentam que os preços estão altos demais e próximos de atingir um limite para o estouro da bolha.
Porém, especialistas brasileiros descartam no curto e médio prazos o estouro de uma bolha no Brasil. O economista Ricardo Amorim, presidente da Ricam Consultoria, diz que, estudo feito pela sua empresa, constatou que os preços não estão tão elevados.
“Uma bolha imobiliária sempre se caracteriza por preços muito elevados em relação à capacidade de pagamento das pessoas. Considerando-se quantos anos de salários são necessários para comprar um imóvel de preço médio nas principais cidades do mundo, nenhuma cidade brasileira está hoje entre as 20 mais caras”, constata.
Nelson Sousa, economista do Ibmec, destaca que a valorização dos preços dos imóveis deu uma trégua este ano. Segundo ele, a tendência é de estabilização, com leve viés de alta.

“O mercado está chegando gradualmente a um equilíbrio entre oferta e demanda“, avalia o economista.
Segundo ele, é possível que haja uma redução de preços pontuais no mercado, mas sem ameaça de uma bolha  imobiliária.
“O conceito de bolha prevê uma queda abrupta dos preços. Não há qualquer indicação disso. O que pode ocorrer é uma queda de preços apenas em algumas regiões”, disse Sousa.

Ricardo Amorim ainda revelou que todas as bolhas imobiliárias estouraram no mundo quando o crédito imobiliário superava 50% do PIB, caso dos Estados Unidos (80%); Portugal e Espanha (60%). Outra característica é a dificuldade que os mutuários têm de quitar suas parcelas devido ao custo alto do crédito, ou seja, juros mais altos. Porém, no Brasil trajetória é inversa. O Banco Central (BC) iniciou uma cruzada pela redução dos juros, baixando a taxa básica de 12,5% para 7,5% em 12 meses.
O perigo da inadimplência do consumidor brasileiro também foi um dos argumentos usados pelas instituições internacionais para alertar sobre uma possível bolha. Segundo dados do FMI, o brasileiro compromete cerca de 23% de sua renda com pagamento de parcelas mensais. O porcentual é um dos maiores do continente. No Peru, México e Colômbia esse índice não chega a 10%. No entanto, para o Ipea, o perfil da dívida do brasileiro é de curto e médio prazos, representando mais de 73% do total.
“O elevado grau de comprometimento da renda das famílias, da mesma forma que cresceu rapidamente, também pode cair em pouco tempo”, diz o estudo.
Os dados do Ipea também mostram que a inadimplência no financiamento imobiliário chegou ao mínimo histórico em junho, com apenas 4,56% dos financiamentos em atraso superior a 90 dias.

“O que está aumentando é o valor total do endividamento. Mas o prazo está se estendendo e os juros caindo, tornando o pagamento mais fácil”, explica o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pedro Seixas.
Outra característica de uma bolha, lembra o economista, é a forte presença de especuladores no mercado em busca de lucratividade.
“Para podermos caracterizar como bolha, teríamos que ter aumento de preços devido a especulação. Muitos investidores precisariam estar tentando lucrar com imóveis”, destaca Seixas.
No entanto, o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi Niterói), Jean Pierre Biot, diz que investidores são minoria no mercado.
“A grande maioria das pessoas busca comprar imóveis para moradia. Ainda há poucos investidores no setor”, conta Biot.
Pedro Seixas diz, ainda, que apesar do crescimento do setor imobiliário brasileiro nos últimos anos, ainda há muito espaço para expansão.
“A projeção é de demanda crescente, seja pelo perfil da população, com famílias menores e muitos solteiros e pelo crescimento de renda das classes C e D, que terão mais possibilidade de comprar a casa própria e mais acesso ao crédito”, detalha.

(Matéria extraída do jornal O FLUMINENSE)

domingo, 6 de maio de 2012

Boom imobiliário chega a Niteroi e Itaipuaçu.

Região Oceânica de Niterói e Itaipuaçu estão cada vez mais sendo atraídos por empresas e novos moradores.


Com grande potencial de crescimento e desenvolvimento economico e na sua infra-estrutura, a Região é vista pelo mercado imobiliário como consequencia natural da falta de moradias em Niterói.

A paisagem da Região Oceânica de Niterói e de Itaipuaçu já não é mais a mesma de alguns anos atrás.

Com a grande procura por habitação nestas duas regiões, o crescimento no número de moradores que fixaram suas residências por lá, deixando de usar seus imóveis para veraneio, trouxe a reboque o interesse de pequenas, médias e grandes empresas para estas duas regiões.

Outro fator que está contribuindo para o crescimento de Itaipuaçu, por exemplo, é a "fuga" dos moradores de Niterói e até do Rio de Janeiro, em busca de mais tranquilidade e valores mais baixos dos imóveis.

Os valores dos alugueis no Rio de Janeiro e Niterói tiveram aumentos vertiginosos, chegando em alguns casos até a triplicar, com isso, os antigos locatários não estão conseguindo renovar seus contratos, fazendo com que descubrissem Itaipuaçu, região ainda tranquila, com baixos índices de criminalidade, e alugueis ainda baixos se comparados aos aplicados nas cidades de Niterói e Rio de Janeiro.
Hoje ainda é possível se alugar imóveis em Itaipuaçu com alugueis entre R$700,00 e R$2.000,00, dependendo da estrutura oferecida, valores bem atraentes para a classe média.

A região de Itaipuaçu, assim como a região oceânica de Niterói, se consolidaram como realidades do setor imobiliário do Estado, são lugares privilegiados, onde os investidores e construtores querem estar. Os empresários que apostam na região garantem que ela cresce baseada na autonomia em oferta de serviços e que vai longe o tempo em que era necessário ir ao Centro de Niterói ou até mesmo do Rio de Janeiro, para pagar contas, ir ao banco, fazer compras ou mesmo aproveitar a noite.

Itaipuaçu e Região Oceânica de Niterói, vem registrando o maior crescimento de toda a Região Metropolitana do Rio, inclusive esta informação já foi divulgada nacionalmente nos grandes meios de comunicação.  É também a área de maior expansão da classe média, com taxa anual da ordem de 10% por ano, sendo que em relação a Itaipuaçu e redondezas, este crescimento chega 38%.

Investir na Região Oceânica há alguns anos era uma experiência inovadora para algumas construtoras e incorporadoras de fora da cidade, sempre considerada uma opção de risco. As empresas vinham atraídas pela qualidade de vida da cidade e da região. Hoje Itaipuaçu e Região Oceânica de Niterói são uma realidade no setor imobiliário do Estado do Rio, com demanda aquecida e ofertas variadas.

Niterói se destaca entre as três maiores possibilidades imobiliárias do mercado imobiliário no Rio de Janeiro, sendo que os índices de desenvolvimento social e econômico da região, permitem uma alta taxa de absorção imobiliária e uma boa referência de preços, facilitando a viabilidade de empreendimentos e proporcionando liquidez.  Os bairros com maior infraestrutura de comércio, transporte e serviços, são os mais procurados para moradia, e consequentemente, investimento das construtoras.

Até pouco tempo Itaipuaçu e a Região Oceânica de Niterói eram  lugares inóspitos, que só tinham praias e mato. Hoje são as regiões que mais recebem investimento e vão se tornar, em pouco tempo, o equivalente a Barra da Tijuca e Recreio, com isso, os bairros tendem a oferecer cada vez mais infraestrutra aos moradores.

Expansão imobiliária

A  Região Oceânica e Itaipuaçu, separadas por um pequena serra, sãovistas pelo mercado imobiliário como uma extensão natural das áreas de moradia de Niterói e que juntas têm grande potencial de crescimento, sendo que um dos atrativos mais fortes da região é a natureza que está ganhando destaque nos novos condomínios, que apostam na valorização das áreas verdes.

Por ser uma área que congrega praias bonitas e o clima de montanha, cada vez mais pessoas estão escolhendo bairros como Camboinhas, Itacoatiara, Itaipu, Piratininga, além de Itaipuaçu, já situada em Maricá, para viver, e não apenas passar uma temporada no verão.

Hoje, muitos empresários estão investindo nessa região, abrindo negócios de qualidade, permitindo que os moradores tenham mais opções de compras e e lazer sem se afastarem de suas residências bem como, hoje se investe em imóveis para locação, pois, o valor dos aluguéis aumentaram muito.

Dicas para proprietários e Inquilinos

ALUGUE O SEU IMÓVEL COM SEGURANÇA

 O proprietário que está decidido a alugar seu imóvel tem duas alternativas: ou ele trata direto com o inquilino ou recorre a uma imobiliária para intermediar o negócio. Em ambos os casos, as primeiras dúvidas se referem ao valor ofertado e aos riscos. Como na venda de um bem, a segurança jurídica leva grande parte das pessoas a buscar uma empresa especializada.


Utilizando serviços de uma imobiliária idônea, o cliente tem garantia locatícia, ganha comodidade e rapidez na negociação e o corretor avalia o imóvel conforme o mercado, além do que poderá receber orientações acerca de possíveis obras e reparos necessários para valorizar o patrimônio e deixá-lo em condições de aluguel.


Nas tratativas para a locação, a imobiliária fará uma avaliação detalhada do inquilino e exigirá uma das modalidades de garantia locatícia, dentre as possíveis conforme a legislação pertinente, a fim de minimizar a possibilidade de inadimplência. O passo seguinte é o da vistoria, realizada para assegurar as condições físicas-estruturais da propriedade antes e depois da locação. Vale lembrar que depredações são comuns quando não há intervenção administrativa. Em casos de atraso do pagamento pelo inquilino, a imobiliária inicia um processo de cobrança amigável e jurídica.


Para eleger a administradora, a dica é buscar uma empresa sólida, com experiência no ramo de locações e capaz de proporcionar segurança e agilidade na locação do seu imóvel. Esta é a proposta da PPESS Administradora, com vasta experiência no ramo de locação e consultoria jurídica.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Apesar do alto custo, cresce a utilização do seguro-fiança no Rio de Janeiro.

Seguro-fiança já totaliza 27% dos contratos de locação no Rio de Janeiro. Acordos feitos através de fiador ainda correspondem a 60% das negociações de locação de imóveis

 Por: Bruno Uchôa 11/03/2012

No momento do acordo para a locação do imóvel, um dos temas mais controversos é a garantia. No mercado, atualmente, o contrato pode ser assinado usando várias opções como o depósito-caução, seguro-fiança e o Cartão Aluguel da Caixa. No entanto, a forma mais comum ainda é o tradicional fiador, que responde por 60% dos contratos. Porém, está cada vez mais difícil encontrar pessoas dispostas a assumir o risco. Neste cenário, a modalidade de seguro-fiança ganhou força nos últimos anos por ser mais prático tanto para o locador, que tem garantia de receber o valor do aluguel mesmo em caso de atraso e para o locatário, que não precisa pedir para que amigos e familiares se tornem seus fiadores.
Segundo dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RJ), o seguro-fiança já responde por 27% do mercado. E segundo especialistas, a tendência do mercado é que a modalidade se expanda nos próximos anos.
“A grande vantagem é que o locador não precisa arcar com gastos na Justiça, pois a seguradora repassa o valor do aluguel”, explica o gerente da Coluna Consultoria Imobiliária, Nelson Azeredo Coutinho.
No seguro-fiança o locador tem a garantia de recebimento do pagamento em dia pela seguradora, em caso de atraso ou inadimplência do locatário, e não precisará aguardar o desfecho de processos judiciais lentos. Quem arca com este ônus é a própria seguradora. Para a aprovação, o locatário deverá comprovar renda mensal equivalente a quatro vezes o valor mensal da locação. A empresária Ana Paula Paesler alugou seu imóvel e aprovou o seguro-fiança. No entanto, ela reclama que demorou três meses para receber os valores referentes aos aluguéis.
“No primeiro mês de atraso a seguradora foi informada, mas o sinistro só poderia ser aberto após 60 dias. A seguradora levou ainda 30 dias para me pagar o valor dos atrasados e as multas contratuais”, conta.
Ana Paula diz que o locatário optou pelo seguro-fiança por não conseguir encontrar ninguém que aceitasse ser fiador na locação do imóvel. Esta situação é cada vez mais comum no mercado.
“Ninguém mais quer ser fiador. A pessoa vê como um problema e por isso foge dessa obrigação”, constata o diretor de locação do Creci-RJ, Carlos Samuel Freitas. 
O advogado especialista em direito imobiliário, David Nigri diz que na maioria dos contratos firmados atualmente o fiador acaba sendo alguém da família. No entanto, o fato de ser da família não é garantia de que o fiador não terá dor de cabeça. Exemplo disso é a aposentada Francisca Rodrigues, de 59 anos. Ela conta que aceitou ser fiadora do filho na locação de um imóvel, mas se arrepende.
“Só tive problema. Comecei a desconfiar que ele (o filho) e a esposa não conseguiriam arcar com o aluguel. E depois de oito meses, eles atrasaram o pagamento, a administradora começou a me procurar e agora estou neste impasse. Pois o aluguel continua atrasado em três meses”, conta Francisca.
Para evitar problemas, de acordo com Nigri, o artigo 835 do Código Civil prevê que o fiador pode desistir de sua condição a qualquer momento, precisando apenas cumprir 60 dias de carência após o comunicar o locador. Segundo Nelson Azeredo Coutinho, o dispositivo acabou deixando ainda mais difícil a locação com fiador.
“O fiador hoje tem o livre arbítrio de se eximir da função. Então, o inquilino tem que correr atrás de novo fiador ou outra garantia”, revela Coutinho.
Segundo especialistas, as outras formas de garantias são pouco usadas por não serem atraentes. O depósito-caução é um depósito em dinheiro ou a nomeação de um bem móvel ou imóvel de propriedade do locatário, como garantia. Quando a caução for realizada em dinheiro, o valor não poderá ultrapassar o equivalente a três meses de aluguel, o que, segundo especialista, desestimula sua utilização pelo prazo curto.
No final de 2010, a Caixa lançou o Cartão Aluguel. O inquilino recebe um cartão de crédito para quitar o aluguel todos os meses. Se atrasar o pagamento, o valor será repassado pelo banco e depois cobrado com juros ao locatário. No entanto, segundo Carlos Samuel Freitas, o produto deu certo apenas em São Paulo e Goiás.
Despejo mais difícil
Com a promessa de agilizar os contratos de locação, a nova Lei do Inquilinato, que entrou em vigor há dois anos, o prazo de 15 dias para despejo em contratos sem garantias ainda não vingou. A ideia seria facilitar a vida do locador, que, com a certeza de receber o imóvel de volta em pouco tempo, não precisaria de tantas garantias. No entanto, a medida emperrou na lentidão e burocracia da Justiça no País. A proprietária da Abidon Nazareth Imóveis, Cláudia Nazareth, revela que tem processos que estão há mais de um ano sem decisão. Para ela, a situação é ainda pior em Niterói.
“Em Niterói a situação é pior. Como todas as petições vão para o mesmo lugar, acaba acumulando e a decisão demora. Essa lei não adiantou de nada”, conta Cláudia.
O advogado David Nigri concorda que o novo dispositivo tinha uma boa intenção. Porém, segundo ele, há todo um longo caminho entre acionar a Justiça e efetivamente o inquilino deixar o imóvel, o que impede maior agilidade no despejo.
“Até o inquilino de fato deixar o imóvel demora muito porque o locador não pode simplesmente retirar os móveis do locatário, há todo um trâmite que demora”, avalia Nigri.
A locação sem garantia (que seria incentivada pelo prazo de 15 dias) é feita apenas em casos especiais, apontam os especialistas. Na opinião de Cláudia Nazareth, o corretor e a administradora devem fazer uma análise completa da situação do inquilino. De acordo com o direito de locação do Creci-Rj, o aluguel sem garantia é uma opção apenas quando se comprovar que o locatário possui boas condições financeiras.
“Existe muita gente fazendo contrato sem garantia. Mas isso só deve ser feito quando o inquilino possui muitos bens, tem renda alta ou é funcionário público. Caso contrário é um risco”, opina Carlos Samuel.
Atenção ao contrato
Muito se fala sobre a inadimplência. No entanto, muitas vezes as pendências envolvendo imóveis tem os inquilinos como vítima. O caso mais comum diz respeito às condições de conservação do apartamento. Segundo o advogado David Nigri, é imprescindível que antes de assinar o contrato, o locatário realize uma vistoria no imóvel.
“Podem surgir defeitos e o locatário ser acusado de ser o responsável pelas avarias. Já teve caso de uma janela cair e ferir uma pessoa na rua e o locatário acabar sendo responsabilizado”, alerta Nigri.
Entretanto, apesar da vistoria, defeitos podem surgir ao longo do período de locação. A associação de consumidores Proteste aconselha ao locatário prestar atenção ao contrato de locação para não ser surpreendido com gastos não planejados.
“Por lei, as benfeitorias são de responsabilidade do proprietário. Mas, se o contrato atribuir essas tarefas ao locatário, não tem jeito, quem alugou vai arcar com esse custo”, conclui a associação.

O FLUMINENSE

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Espera para conseguir imóvel pode chegar a três meses. Negociação pode diminuir o valor do aluguel. Metro quadrado no bairro está custando até R$ 8 mil

Por: Bruno Uchôa 25/02/2012

Espera para conseguir imóvel pode chegar a três meses. Negociação pode diminuir o valor do aluguel. Metro quadrado no bairro está custando até R$ 8 mil

Um dos bairros mais conhecidos e tradicionais de Niterói, Icaraí, segue atraindo cada vez mais novos moradores. O charme, oferta de serviços, comércio e transporte tornam os imóveis concorridos tanto para locação quanto para compra. O resultado é a valorização das unidades.
O metro quadrado no bairro está custando até R$ 8 mil, segundo dados referentes a janeiro do Centro de Pesquisa e Análise da Informação (Cepai) do Sindicato da Habitação (Secovi Rio). Em janeiro do ano passado, o metro quadrado chegava a custar R$ 6,5 mil, uma valorização de 23% nos últimos 12 meses. Com a valorização do metro quadrado, o preço dos aluguéis também aumentou.
Atualmente, um imóvel para locação está saindo entre R$ 1,8 mil e R$ 2,5 mil por mês na Rua Coronel Moreira Cesar. Já em apartamentos de frente para a praia o preço pode chegar até R$ 4 mil.
Uma das consequências da forte valorização devido ao grande interesse por Icaraí e a oferta limitada de unidades para locação é a existência de uma fila de espera para alugar no bairro. Segundo o diretor da Grupo Imóveis, José Fernando, os interessados chegam a esperar até três meses para conseguir um apartamento para alugar. A demora e o preço alto levam algumas pessoas a desistirem.
“Tem muito proprietário querendo alugar por R$ 3,5 mil um imóvel e não aceita baixar o valor para R$ 2 mil, o que leva muitos interessados a desistirem e partir para um financiamento para compra”, conta.
De acordo com o diretor operacional da Julio Bogoricin, Helio Brito, para conseguir “furar a fila” e conseguir alugar rapidamente um imóvel em Icaraí é preciso estar disposto a “pagar o preço que o mercado está praticando no momento”.
José Fernando explica que não é apenas a grande demanda que leva uma demora conseguir alugar um imóvel. Segundo o diretor da Grupo Imóveis, devido aos elevados preços, negociações são muito comuns e às vezes demoradas.
“Há muita negociação e que pode realmente levar a uma queda no preço do aluguel. Dependendo da localização, a taxa condominial pode chegar até a R$ 800, o que é muito oneroso para o proprietário e muitos deles não têm como manter uma despesa deste tamanho por muito tempo, então, acabam aceitando reduzir o valor e alugando mais rápido”, explica Fernando.
Para o delegado do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado do Rio Janeiro (Creci-RJ), Joselyr Duque Estrada, a Rua Coronel Moreira César é a mais procurada por ter apartamentos mais antigos, com maior metragem quadrada de área construída. Segundo ele, os idosos são os que mais procuram imóveis no bairro devido à excelente infraestrutura de saúde, com hospitais e consultórios, mercados e gastronomia.
“A classe média/alta, sobretudo da ‘melhor idade’, está correndo para o bairro de Icaraí e adjacências, pelas facilidades”, opina.
Já José Fernando diz que tem recebido muitas pessoas que vão trabalhar no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, mas pretendem fixar residência em Icaraí, além dos novos estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Garagem
Um dos pontos que ganharam maior importância nos últimos anos no mercado de locação foi a disponibilidade de vagas na garagem, apontam os especialistas.
“Vagas em garagem são hoje um dos principais diferenciais que podem impactar no preço do aluguel. Um apartamento com duas vagas, por exemplo, é superconcorrido”, destaca Helio Brito.
O delegado do Creci-RJ, Joselyr Duque Estrada, acredita que as famílias estão comprando mais de um automóvel para seus deslocamentos, gerando um grande problema de trânsito para a cidade, que não se planejou suas construções para este perfil.
Recentemente, a Prefeitura proibiu o estacionamento na Rua Gavião Peixoto, o que evidenciou ainda mais o problema do estacionamento em Icaraí.
“A falta de vaga de garagem, aliada à mudança de trânsito em nossa cidade, dificultando cada vez mais o estacionamento nos meios-fios, faz com que a vaga de garagem nos edifícios seja valorizada”, constata Duque Estrada.
Segundo ele, hoje em dia, apartamento sem vaga de garagem só é alugado para casais de idosos que não se utilizam mais do carro, o que também explicaria, para ele, a transferência para o bairro de Icaraí por ter uma grande infraestrutura.
Jardim Icaraí
O grande interesse pelo bairro de Icaraí gerou inclusive a criação do sub-bairro do Jardim Icaraí. O termo idealizado pelo mercado imobiliário, identifica o charmoso quadrilátero delimitado pela Avenida Ari Parreiras, Rua Paulo César, Avenida Roberto Silveira e Rua Santa Rosa – todas, originalmente, pertencentes ao bairro Santa Rosa. A região está recebendo grandes investimentos das construtoras de olho na crescente demanda. Helio Brito destaca que o sub-bairro já nasceu com as mesmas vantagens de Icaraí.
“Jardim Icaraí está seguindo os passos de Icaraí. Já existe uma ótima infraestrutura, disponibilidade de serviço e um polo gastronômico. Com imóveis mais modernos e preços acessíveis, está despertando grande interesse e se tornando de fato uma segunda opção para quem pretende morar naquela região”, avalia o diretor operacional da Julio Bogoricin.
De acordo com Joselyr Duque Estrada, apesar dos novos lançamentos, maior disponibilidade de unidades, aliadas à facilidade de financiamento para compra, Jardim Icaraí também possui demanda por locação.
Segundo José Fernando, os novos imóveis no Jardim Icaraí estão atraindo muitos investidores que estão de olho mesmo na possibilidade de rentabilidade por conta da provável valorização do imóvel e do aluguel.
“Jardim Icaraí é tão procurado quanto Icaraí para locação. Tem muita gente que comprou imóveis novos para investir e começou a colocar para locação agora”, revela José Fernando.

O FLUMINENSE

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

NÃO VENDA SEU IMÓVEL EM ITAIPUAÇU

MARICÁ: UMA NOVA REALIDADE
NÃO É HORA DE VENDER SEU IMÓVEL EM ITAIPUAÇU.
ALUGUE-O, MANTENHA O PATRIMÔNIO E OBTENHA RENDIMENTOS, AGUARDANDO A VALORIZAÇÃO DE SEU IMÓVEL

Enfim o progresso começa a chegar a Maricá e não é mais uma utopia. Ele agora é real e vem em forma de grandes investimentos para a região.
Desde que Maricá passou a ser considerado produtor de Petróleo, a expectativa em torno de seu desenvolvimento passou a ser palpável, concreto, colocando o município no confortável status de uma das regiões que receberá mais investimentos nos próximos anos em todo o Hemisfério Sul.

O progresso está chegando a passos largos e já pode ser sentido no crescimento populacional. Maricá, contabiliza 127.461 moradores, de acordo com o IBGE em 2010. Segundo reportagem publicada na segunda semana de outubro, por um jornal carioca, este é o segundo maior crescimento populacional no estado, ficando atrás apenas de Rio das Ostras. Este crescimento vem acontecendo ao longo dos últimos anos, em parte, por conta dos índices de violência dos grandes centros urbanos. Até há pouco tempo, as pessoas vinham para Maricá em busca de ar puro, vida tranqüila e belas paisagens. A proximidade com o Rio, aonde se chega em menos de uma hora, era só um atrativo a mais e costumava sacramentar a decisão do futuro morador, caso ainda houvesse alguma dúvida.

A instalação do pólo naval em Jaconé é outro fator de desenvolvimento da região e deverá gerar cinco mil empregos diretos no município. A área onde o pólo será instalado, há espaço para a implantação de dois estaleiros de médio porte e mais oito empresas de navipeças, inserindo definitivamente Maricá na atividade naval e offshore do Brasil, trazendo para a cidade um novo ciclo de desenvolvimento no próximo período, sobretudo por conta da atividade de exploração e produção da camada do pré-sal.
Além disso, a empresa japonesa Daihatsu, de fabricação de motores, deverá trazer para o município um grande investimento e geração de novos empregos.

Projeto de pólo naval em Maricá pode criar 12 mil empregos no RJ

Com a previsão de gerar 9 mil empregos diretos e indiretos na fase de construção, elevando esse número para até 12 mil após a entrada em operação, o projeto de implantação de um pólo naval em Jaconé, distrito de Maricá (RJ), poderá começar a sair do papel até o fim deste ano. "Estamos trabalhando para ter o licenciamento ainda no segundo semestre", disse o prefeito de Maricá, Washington Quaquá. O projeto prevê investimento de R$ 5,4 bilhões e visa a preencher o déficit em logística, previsto com a exploração do petróleo na área do pré-sal, informou. "A área de Jaconé é propícia a isso".
Na terça-feira, a construção do pólo naval será discutida durante reunião entre o prefeito de Maricá e o governador do Rio, Sergio Cabral Filho. O projeto também é estratégico para o Estado em termos de escoamento da produção nacional, ressaltou Washington Quaquá. Segundo ele, o município vem perseguindo há três anos o projeto de transformar Jaconé em área industrial para servir ao pré-sal.
Além da proximidade com o COMPERJ, o outro atrativo é a profundidade. "Ele vai ser o porto mais profundo do Brasil e um dos mais profundos da América Latina. Nós vamos ter de 20 metros a 30 metros de profundidade". Isso permitirá a atracação de navios de alta capacidade, com até 400 mil toneladas, disse o prefeito. (foto aérea Rosely Pellegrino)
O prefeito explicou que a cidade de Maricá e a região de Jaconé têm vocação turística, mas admitiu que "o turismo, sozinho, não sustenta a economia local. Esse porto é fundamental para dar uma base industrial à cidade, para gerar emprego, gerar recursos, para que o município possa investir na atividade do turismo".
O governo fluminense apóia o projeto. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, ressaltou que a área tem vocação não só para escoar a produção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), localizado em Itaboraí, como para receber estaleiro para a manutenção de plataformas.
O Porto de Jaconé terá capacidade para receber 850 mil barris/dia de petróleo, o que corresponde a 40% da produção atual do país. A previsão é que a obra seja concluída em 2015, coincidindo com a inauguração do Comperj.
O projeto é desenvolvido pela DTA Engenharia, responsável pelo planejamento de mais de 30 portos no Brasil e no exterior, informou a secretaria. A empresa já está elaborando o pedido de licenciamento ambiental. Segundo o prefeito de Maricá, não existe nenhuma unidade de conservação ambiental naquela região. "Não vemos problemas e acreditamos que a licença não vai tardar a sair", reforçou o secretário Julio Bueno.
Procurada, a organização não governamental internacional de defesa do meio ambiente Greenpeace alegou que não está "acompanhando de perto o caso do pólo naval" e, por isso, não dispunha de fonte para comentar o projeto. Washington Quaquá avaliou que a principal vantagem do Porto de Jaconé é a proximidade. Ele ficará a 26 quilômetros do Comperj.
A alternativa mais próxima, o Porto de Açu, situa-se a 250 km, acrescentou. Outro atrativo é a profundidade. "Ele vai ser o porto mais profundo do Brasil e um dos mais profundos da América Latina. Nós vamos ter de 20 metros a 30 metros de profundidade". Isso permitirá a atracação de navios de alta capacidade, com até 400 mil toneladas, disse o prefeito.
Ele considerou natural que em ano eleitoral ocorram manifestações políticas contrárias ao projeto. Revelou, porém, que pesquisa feita pela prefeitura apurou que 85% da população são favoráveis à construção do porto. "Há uma ampla maioria da população de Maricá favorável ao empreendimento".
Fonte: Agência Brasil

Maricá atrai investimentos

Propostas de incentivos às construtoras, R$ 51 milhões do governo federal em infraestrutura e localização estratégica abrem oportunidades no município
Maricá, cidade litorânea do estado do Rio de Janeiro com pouco mais de 123 mil habitantes, passa por um ciclo virtuoso de investimentos. A cidade receberá cerca de R$ 51 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) destinados a melhorias de infraestrutura; está próxima ao Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), em construção na cidade vizinha de Itaboraí; e deve ser incluída no trajeto do Arco Rodoviário Metropolitano do Rio de Janeiro. Segundo as fontes consultadas, esse cenário abre oportunidades para empreendimentos imobiliários residenciais e comerciais.
Com área cinco vezes maior que Niterói e recente inclusão como município da Região Metropolitana do Estado, Maricá pode se beneficiar com a demanda por mão de obra de vários escalões gerada pelo Comperj, combinada com o acesso facilitado proporcionado pelo Arco Rodoviário.
"Maricá deve ser observada atentamente pelas construtoras", aponta Aleksander Santos, secretário do Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo da cidade. Sem adiantar detalhes, Santos diz que o município aplicará um conjunto de incentivos às construtoras que desejarem investir na região, como estudos de cessão de área por determinado período e redução em impostos municipais.
Algumas grandes do setor também já estão de olho na região. A Brookfield detém dois terrenos, comprados em 2007, nos bairros de Ponta Negra e Fazenda Bom Jardim, este último com valor geral de vendas superior a R$ 760 milhões.
"Tudo indica que Maricá irá se tornar um pólo de investimentos no estado do Rio de Janeiro", diz Vasco Rodrigues, presidente da construtora Fator Realty. Em conjunto com a São Miguel Realty, a empresa tem planejado para este ano o lançamento de um empreendimento em área de 1,3 milhão de m², com cerca de 7.000 unidades destinadas às classes média e alta.
Para Paulo Fabbriani, conselheiro da Ademi-RJ (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro) e presidente da São Miguel Realty, a cidade pode se beneficiar também com a migração de moradores de cidades próximas que passam por forte adensamento populacional, como Niterói.

Maricá recebe Módulo I do Projeto Rio Competitivo

A cidade deve atrair grandes investimentos no setor durante os próximos anos
A cidade de Maricá recebe o Módulo I do Projeto Rio Competitivo. O secretário de Turismo do município Wagner Medeiros, reuniu-se com representantes do setor da Secretaria de Turismo do Estado, do Instituto Marca Brasil, do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e a partir desse primeiro encontro, Maricá começa a receber orientação técnica para melhorar sua competitividade turística.
De acordo com Wagner, as primeiras ações a serem executadas pelos técnicos do MTur nas cidades serão a capacitação de pessoas para gestão, planejamento e comercialização do turismo, a ampliação dos conhecimentos sobre marketing e o fortalecimento da governança para impulsionar a inter-relação dos destinos com as suas regiões. "Todos nós seremos beneficiados com o Projeto tendo em vista as oportunidades internacionais que chegarão com a realização da Copa do Mundo em 2014"; comentou.
Ronald Ázaro, secretário Estadual de Turismo, explicou o funcionamento da ação: "O Rio Competitivo é fundamentado nas seguintes premissas: necessidade de o Estado atrair um número maior de turistas; destacando seus atrativos e serviços, destinos com capacidade de induzir o desenvolvimento regional e ampliar o número de destinos com padrão de competitividade e diversificação de produtos e serviços turísticos do Estado do Rio de Janeiro".
O Módulo I tem o objetivo de apresentar os elementos do projeto conceito de Competitividade e os desdobramentos técnicos do Estudo de Competitividade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) - pesquisa do Ministério do Turismo e do Sebrae. O projeto integra o Programa Nacional de Regionalização do Turismo. Além de Maricá, os municípios de Arraial do Cabo, Cabo Frio, Itatiaia, Niterói, Nova Friburgo, Resende, Teresópolis, Valença e Vassouras serão beneficiados.
Turismo em Maricá - A expectativa da Secretaria de Turismo municipal é de que a cidade receba grandes investimentos no setor; como a instalação de pelo menos três resorts na área da Restinga. O prefeito Washington Quaquá afirmou que a entrada de investimentos é muito positiva para a cidade; mas há uma grande preocupação com o meio ambiente: "Os hotéis ocuparão; no máximo; 10% da área e preservarão os outros 90%; ajudando na tarefa de impedir a ocupação desordenada".
Segundo ele; para tornar a cidade mais atraente para investidores que queiram construir hotéis no município; a legislação também vai mudar; permitindo o aumento do gabarito dos imóveis de seis para dez andares. As colônias de pescadores do bairro Zacarias também receberiam bares e restaurantes; além de pequenas indústrias de beneficiamento do pescado.

Maricá atrai construtoras e investidores por conta da proximidade com o município de Itaboraí, que vai abrigar o milionário Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)

A cidade de Maricá chama a atenção das construtoras e incorporadoras. A inserção do município no Grande Rio, a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e do Arco Rodoviário estão atraindo novos empreendimentos imobiliários para a cidade, como o Vida Nova Maricá e o Terras Alpha Maricá, que prometem ser verdadeiros bairros, com opções de lazer, entretenimento e serviços.
Um dos responsáveis pela expectativa de crescimento ainda maior na região é a construção do Comperj, na cidade vizinha de Itaboraí. A refinaria da Petrobras deve gerar cerca de 170 mil empregos diretos, indiretos e por efeito de renda.
Para o diretor comercial da Habitare Imobiliária, Andrew Dias, a proximidade com Itaboraí deve atrair uma boa parte dos trabalhadores do Comperj para Maricá. Mas nem todo mundo que está comprando imóvel está pensando em morar na cidade. Para Andrew, a perspectiva de crescimento da cidade e a conseqüente valorização dos imóveis está atraindo muitos investidores. Segundo ele, os imóveis da região têm dobrado de preço a cada ano.
“A tendência para os próximos anos é que esse crescimento se mantenha principalmente com a chegada de grandes construtoras e incorporadoras de nível nacional. Então quem compra imóvel pode estar pensando nessa valorização e não apenas em morar em Maricá. Eu estimo que metade das pessoas que estão adquirindo imóveis hoje na cidade estão comprando como investimento”, diz Andrew Dias.
Expansão – De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população da cidade cresceu cerca de 40% na última década, chegando a 127 mil habitantes. E a tendência é que o município registre crescimento populacional ainda mais acentuado.
Segundo o presidente da Fator Realty, Paulo Fabbriani, responsável pelo Vida Nova Maricá, situado no distrito de Inoã, a cidade pode chegar a 500 mil moradores já em 2016, crescimento superior a 390%.
O crescimento vertiginoso de Maricá também tem outra explicação. Cidades como Niterói já não têm mais espaço para crescer e estão afugentando pessoas em busca de mais tranqüilidade.
“O Rio de Janeiro será a capital do Brasil nos próximos anos e é preciso expandir para outros locais”, diz Fabbriani. Para atender a essa nova demanda, seja de pessoas que vão trabalhar no Comperj ou moradores em busca de um qualidade de vida, está sendo construído o Vida Nova Maricá.
O empreendimento, enquadrado no programa “Minha casa, minha vida”, teve metade das 176 unidades da primeira fase vendidas em 20 dias. O projeto prevê 20 mil apartamentos com preço médio de R$ 120 mil. Paulo Fabbriani constata que o bairro está atraindo pessoas de várias regiões do Estado do Rio.
“Temos compradores de todas as regiões do Rio, como Serrana, zonas Sul e Oeste, e, claro, de todas as regiões de influência primária, secundária, terciária e quaternária em relação a Inoã”, afirma o presidente da Fator Realty.
Outro empreendimento que está mexendo com Maricá é o Terras Alpha Maricá. Em julho, 399 lotes foram postos à venda e, segundo o grupo Alphaville, todos foram vendidos em menos de um dia. O segundo lote vai incluir um grande centro comercial, que contará com lojas comerciais e escritórios, além dos lotes para moradias.
O projeto do empreendimento inclui um clube completo, com quadra poliesportiva, duas quadras de tênis, campo de futebol society, piscinas adulto e infantil, duas churrasqueiras, fitness, salão de festas, salão de jogos, sauna, playground, três praças temáticas (uma delas possui trilha para caminhada), estacionamento para visitantes, portaria e segurança 24 horas. A área verde do local é de mais de 55 mil metros quadrados.
Segundo o diretor de negócios da Alphaville Urbanismo S.A., Marcelo Willer, o posicionamento de Maricá é o grande atrativo para novos moradores. A cidade é vizinha de Itaboraí e está a apenas 50 quilômetros do Centro do Rio.
A construção do Arco Rodoviário, que ligará a BR-101 na altura de Itaboraí até o porto de Itaguaí, deverá reduzir a circulação de caminhões por dentro das cidades e reduzir o trânsito em importantes vias como a Ponte Rio-Niterói, diminuindo o tempo de percurso para os moradores.
“As pessoas já começaram a perceber o processo de valorização que está acontecendo na região. Além disso, a cidade oferece qualidade de vida, está próxima da praia e da natureza, sem se afastar muito dos grandes centros de Niterói e do Rio”, destaca Marcelo Willer.
Infraestrutura – No entanto, para conseguir acomodar todos esses novos moradores, a cidade vai precisar melhorar o acesso à água potável e levar asfaltamento à maioria das ruas. A cidade receberá cerca de R$ 51 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverão ser empregados em obras para melhorar a infraestrura.
De acordo com Andrew Dias esse é o maior problema que Maricá deverá enfrentar para os próximos anos. “O nosso calcanhar de aquiles é a questão da infraestrutura. Falta investir em água encanada, por exemplo. Isso não é uma questão deste governo, mas uma deficiência histórica do município”, avalia Andrew.
O corretor de imóveis Francisco Chalréo, responsável pelo condomínio Jardins da Costa, concorda que Maricá ainda precisa melhorar em infraestrutura. “Maricá tem uma infraestrutura que ainda está precária. Aqui em Inõa a situação está melhorando por conta do investimento privado em condomínios residenciais e prédios comerciais”, afirma o corretor.
Francisco Chalréo e sua mulher, Regina Célia, são exemplos de pessoas que resolveram investir na região. A família dela possuía um terreno de 80 mil metros no distrito de Inoã. Em 2003, o casal resolveu lotear o terreno para construção do condomínio Jardins da Costa, composto por 116 lotes com preço médio de R$ 70 mil.
“A gente preferiu apostar e promover o crescimento na região do que vender o terreno a um preço mais baixo”, completou Francisco Chalréo.

Tendência importada dos Estados Unidos, os bairros planejados desembarcaram no Brasil em São Paulo e depois chegaram à cidade do Rio de Janeiro, sobretudo na Barra da Tijuca e agora também em Maricá.

Tendência importada dos Estados Unidos, os bairros planejados desembarcaram no Brasil em São Paulo e depois chegaram à cidade do Rio de Janeiro, sobretudo na Barra da Tijuca. Agora, este tipo de empreendimento está tomando conta de todo o Estado. São projetos e lançamentos em São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Rio das Ostras e outras cidades fluminenses. São empreendimentos que unem apartamentos residenciais, salas e lojas comerciais e áreas de lazer com segurança particular. Em comum entre as empresas que estão investindo, a perspectiva otimista em relação ao desenvolvimento econômico do Estado alavancado pela indústria do petróleo e gás. A expectativa é que a mão de obra que trabalhará no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, que tem previsão para entrar em funcionamento em 2014, se espalhe pelas cidades vizinhas.
A AlphaVille Urbanismo lançou no ano passado o Terras Alpha, em Inoã, distrito de Maricá. O gerente comercial da empresa, Carlos Paes Leme, explica que o local já está recebendo muitos trabalhadores de empresas que estão ligadas ao setor do petróleo e gás e que se instalarão na região pela proximidade do polo petroquímico.
“A gente já atendeu muitos funcionários da Petrobras, e outras empresas, interessados em adquirir um terreno, percebendo que serão transferidos e pensando na perspectiva de morar na região”, conta.
Para o diretor comercial da Patrimóvel-Niterói, Bruno Serpa Pinto, o lançamento de projetos de bairros planejados em cidades menores acaba se tornando uma ótima oportunidade para estes municípios. Segundo ele, outra vantagem é que o crescimento já ocorre de forma ordenada, evitando problemas de infraestrutura no futuro.
“Estes empreendimentos são construídos com base em estudos de tráfego, movimentação, infraestrutura completa e planejamento para o futuro, evitando que a região se desenvolva pensando apenas de forma imediatista”, opina.
De acordo com o presidente da Rubem Vasconcelos Imóveis, Rubem Vasconcelos, a construção de bairros completos é uma tendência do mercado imobiliário, oferecendo além de moradia, segurança e opções de lazer. Ele explica que no caso de São Gonçalo são os próprios moradores da cidade que estão comprando novas unidades e trocando para imóveis mais novos.
“Ninguém mais quer morar em um conjunto habitacional. As pessoas querem melhorar de vida e o mercado está oferecendo isso, estimulando os moradores a se mudarem para um apartamento moderno”, afirma Vasconcelos.

Empreendimentos prezam qualidade de vida

O Terras Alpha Maricá ocupará uma área de 398 mil metros quadrados, somando 612 lotes residenciais com área mínima de 360 metros quadrados cada. Também haverá uma área comercial dentro do condomínio, com 24 mil metros quadrados. O empreendimento está sendo vendido através de lotes, que têm parcelas de R$ 1,5 mil para 360 metros quadrados.